sábado, 5 de novembro de 2011

Moradores cobram areas de lazer e maior rigidez na liberacao de construções habitacionais na Zona de Expansao e adjacencias.

No fechamento do primeiro ciclo de audiências públicas sobre o Plano Diretor nos bairros da capital, foi a vez das comunidades do Mosqueiro, Areia Branca, Gameleira, Robalo, Aruana, Zona de Expansão e do povoado São José discutirem o projeto de revisão do desenvolvimento urbano de Aracaju.  O encontro aconteceu neste sábado, 5/11, na escola municipal José Carlos Teixeira, onde os moradores, atentos à problemática ambiental da região e às demandas das comunidades, expressaram os seus anseios e deram sua contribuição para o debate.
Representando aqueles que residem em Areia Branca, os moradores Carlos dos Santos e Emanuel Araújo defenderam o reconhecimento do povoado como bairro de Aracaju e pediram melhorias para a localidade. “O povo de Areia Branca não tem uma praça. Precisamos de uma área de lazer e também de um local onde as crianças possam ficar após a escola. Eles são o futuro e é preciso desenvolver atividades com elas para que não envolvam com drogas. Também chamo a atenção para a rua Várzea Grande que fica alagada quando do período de chuvas”, destacou Emanuel.
Preocupado com a circulação de ar na região, o morador Carlos Marins chamou a atenção para a construção de unidades habitacionais. “É preciso haver uma regularização para que não haja a edificação de residências, seja casa ou apartamento, que atrapalhem a circulação da brisa, privatizando o ar. Hoje a grande problemática de muitas cidades é o calor, justamente por esse crescimento desordenado de prédios”, afirmou.
Firmo apresentou propostas e demonstrou preocupação com o cronograma de tramitação do PDDUS. 
Já a presidente do Conselho das Associações dos Moradores dos bairros Aeroporto e Zona de Expansão (Combaze), Karina Drumond, aproveitou o encontro para exibir fotografias de diversas áreas onde são encontradas obras que geraram grande impacto ambiental à região. “O resultado da construção de casa de forma desordenada, sem a infraestrutura necessária, é rua alagada e paliativos em períodos chuvosos. Exemplo disso, é o Costa do Sol, cujo canal está em fase de execução. Também quero chamar atenção para a situação de moradores do condomínio Brisa Mar, onde os moradores convivem com o esgoto nas ruas, pois o lençol freático é alta e água tem retorno para suas casas e o paliativo encontrado por alguns moradores é fazer com que a água escoe para as ruas”, explicou Karina.
De acordo com Karina, se o vigente Plano Diretor estivesse sendo cumprido nada dos problemas que atingem a Zona de Expansão estariam ocorrendo. “É importante se fazer cumprir o Plano Diretor para que as comunidades não vivam de paliativos durante os períodos chuvosos. É importante esse debate, assim como também é imprescindível se fazer cumprir o Plano Diretor e fiscalizar. A Zona de Expansão, conforme tem na cartilha é uma zona de adensamento, portanto, nenhum dos problemas que hoje atingem os moradores dessa região deveria estar acontecendo”, ressaltou a presidente da Combaze.
O participante José Damião expressou a sua preocupação com delimitação do município de Aracaju. “Nós moradores dos Mosqueiro temos a dúvida a que cidade pertencemos, se Aracaju ou São Cristóvão. Mas também gostaria de pedir para se fazer, de imediato, um anel viário na região de Areia Branca e Matapuã. Além disso, gostaria de solicitar a implantação de uma delegacia de polícia e uma creche para essa região do Robalo e Mosqueiro. É  grande o número de assaltos na localidade”, disse José Damião.
Sobre o tema, a presidente da Combaze, Karina Drumond, explicou que a entidade tem acompanhado a questão e atuado no sentido de fazer com que todos os moradores da região participem da discussão. “Há cerca de 20 dias, foi dado parecer em favor de São Cristóvão. Mas nós, da Combaze, temos o entendimento de que a região do Mosqueiro deve continuar sendo de Aracaju. Mas, estamos propondo a realização de um plebiscito para que cada um faça a sua escolha, que cada morador diga a que município quer pertencer”, afirmou Karina.
Para o morador Georlando, entre as principais necessidades da Zona de Expansão e comunidades do Mosqueiro, Robalo e Areia Branca estão a construção de um cemitério, áreas de lazer e a implantação de um terminal de integração. “Precisamos resgatar o direito de enterrar os nossos entes queridos. Precisamos de um cemitério, assim como também de um terminal de integração, tendo em vista o grande número de usuários do transporte coletivo nessa região. Além disso, também precisamos de segurança e iluminação pública para inibir a ação de marginais”, disse Georlando.
O ex-presidente da Somese, José Menezes, também participou do debate e afirmou que foi o Poder Público que deu início à urbanização da região do Mosqueiro. “As mulheres que iam vender peixes em Aracaju andavam de canoa. Foi o governo que começou a aterrar tudo na região e começou a construir. Então, cabe ao governo resolver o problema que criou. Peço aos vereadores que haja um amplo estudo, pois esta área é a que deixaremos para os nossos netos e geração futura e, portanto, que a deixemos de forma organizada”, disse o médico.
Presentes
Além do presidente da CMA, Emmanuel Nascimento (PT), marcaram presença na audiência pública na Zona de Expansão, a relatora do Plano Diretor, vereadora Miriam Ribeiro (PSDB), o sub-relator do projeto, vereador Juvêncio Oliveira (DEM), e os parlamentares Dr. Gonzaga (PMDB), Ivaldo José (PDT), Bertulino Menezes (PSB) e Emanoel Messias (PRP). Também participou do encontro, a deputada estadual Ana Lúcia.
Fotos: Alberto Dutra e César Oliveira
Fonte da Matéria: http://www.cmaju.se.gov.br/
NOTA: Última foto da matéria feita em audiência temática sobre MEIO AMBIENTE, na OAB. 

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