terça-feira, 29 de novembro de 2011

CineCUT discutiu Plano Diretor e igualdade racial

Escrito por Paulo Victor Melo | 28 Novembro 2011
Na última sexta-feira (25), a rua em que fica a sede da CUT/SE foi palco de vídeos, cores, sons, ritmos e muito debate. Na ocasião, aconteceu mais uma edição do CineCUT – projeto que utiliza as artes como instrumentos de reflexão das práticas sociais.

Firmo falou sobre o PDDUS de Aracaju.
No mês da Consciência Negra, o filme exibido foi “Até Oxalá vai à guerra”, que discute intolerância religiosa e preconceito racial. O documentário ganhou o Prêmio de Melhor Filme Juri Popular no II Bahia Afro Film Festival, em 2008.
Do cineasta independente Carlos Pronzato, o documentário mostra as ações violentas promovidas pela Prefeitura de Salvador, com destaque para a demolição do Terreiro Oyá Onipo Neto, quando das discussões sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano da capital baiana.
O diretor Carlos Pronzato afirmou que mesmo a Bahia tendo uma população majoritariamente negra, há ainda muita discriminação racial. Ele tambpém falou sobre o processo de produção e ressaltou que nada justifica ações, principalmente tendo sido promovida por órgãos públicos, que causaram danos graves a toda uma construção espiritual e religiosa.
Após a exibição do documentário, foi promovido um debate sobre o Plano Diretor de Aracaju. O representante do Fórum em Defesa da Grande Aracaju, José Dias Firmo dos Santos, falou sobre as audiências que estão acontecendo nos bairros, a participação popular e o debate com o empresariado sobre que rumos serão definidos para Aracaju.
Segundo Firmo, um Plano Diretor democrático e popular depende da mobilização e da força das entidades dos trabalhadores e da sociedade. Por isso, para ele, “como em Salvador, precisamos aumentar a nossa articulação e a nossa incidência. A CUT deu um bom exemplo realizando este debate reunindo num mesmo espaço sindicalistas e moradores do bairro”.

Apresentação cultural brilhou na rua.
“Nesta edição conseguimos pautar dois debates fundamentais: a luta contra o racismo e a defensa da igualdade racial, além de levantarmos a necessidade de nosso envolvimento no Plano Diretor”, ressaltou o Diretor da CUT/SE, Roberto Silva.
Após o debate, a beleza da dança e dos ritmos musicais do Grupo Balé Afro Criliber, formado por crianças e adolescentes da Maloca, comunidade quilombola urbana de Aracaju.


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