domingo, 20 de novembro de 2011

ARTIGO DA SEMANA

Secretários Adjuntos: uma vergonha.

*José Dias Firmo dos Santos.

Quem sabe de quem se tratam, o que fazem e o que têm em comum Sílvio Ricardo Vitório Ferreira, Wilza Cláudia Vaz Correia, Diogo Cabral Ferreira da Costa, Antonio Hora Filho, Marcelo Barbosa dos Santos, Amintas Diniz Tojal, Ana Cristina de Carvalho P. Dias, Helder Sandes Vieira, Hortência Maria Pereira Araújo, Marcelo Rangel Lima, Jorge Viana da Silva, Ascendino Souza da Silva, Jaqueline de S. Fonseca Mandarino, Maria Luci Silva, Filadelfo Alexandre Silva Costa, José Leó de Carvalho Filho, José Silveira Guimarães, Luiz Cláudio Albuquerque Garcia e Vera Lúcia de Souza Ferreira?
Estes são alguns dos secretários adjuntos do município de Aracaju e do Estado de Sergipe.
Não são apenas estes e nem é nenhuma novidade, como também não é uma invenção de Aracaju ou do Estado de Sergipe, nem se quer dizer que essas pessoas não produzem, não fazem jus ao que recebe do povo sergipano. Inclusive, mais adiante, citarei algumas exceções conhecidas, que se sabe que trabalham. Mas, algumas considerações temos que fazer sobre a nomeação de secretários adjuntos.
Primeiro dizer que um estado e um município pobres como os nossos não podem se dar ao luxo de terem essa figura decorativa nos seus organogramas. Um estado e um município que não podem fazer coisas mínimas para seus trabalhadores ou para o seu povo não podem criar e manter essas figuras dentro da estrutura administrativa. E como há secretarias fundamentais para o funcionamento da máquina, tanto em Aracaju quanto no Governo do estado, há de se dizer que esses cabides de emprego são totalmente desnecessários.
Depois dizer que a nossa Esquerda não pode praticar o que tanto criticou na Direita. Desperdiçar o dinheiro do povo em nome de acordos políticos é um falta de vergonha e uma verdadeira mangação com o povo.
Sabe-se que alguns desses nomes acima citados nem têm local para trabalhar: não têm sala, não têm birô, não batem ponto e, pior, alguns nem vêm à capital.
E quanto custa cada adjunto ao povo? E quanto custam todos juntos durante o ano?
Em Instituições e em locais sérios e administrados com seriedade nem se falam sobre essas distorções. Quem deve substituir eventualmente os secretários titulares são seus diretores.
Aposto como na economia particular de governador e de prefeitos não desperdiçam dinheiro dessa forma.
Este é um exemplo entre tantos outros desperdícios que acontecem diariamente no Poder Público por todo esse país.
Quando você solicita um serviço ou um equipamento simples e barato e o Poder Público alega não ter recurso, pense que se não houvesse tanto descaso com o dinheiro público, coisas mínimas não ficariam sem fazer e até obras maiores poderiam ser realizadas.
Justiça seja feita, há naturalmente nomes que vemos atuando e fazendo jus ao que ganham do povo sergipano e aracajuano e aqui eu gostaria de citar os nomes de Elton Coelho, na Secom de Aracaju, João Batista Santos Júnior, na Segurança Pública e de Fernando Monteiro Marcelino, na SEFAZ. Para casos como esses nada contra estar dentro do Poder trabalhando pelo engrandecimento do povo, mas não necessariamente com essa nomenclatura desacreditada de adjunto.
E, para que os nomes citados no início deste texto não se sintam ofendidos, quero reforçar que apenas perguntei de sabem de quem se tratam, o que fazem e o que têm em comum entre eles. Possa ser que alguns façam parte da exceção a que me referi.
E que bom que todos estivessem ajudando a construir a nossa cidade e o nosso estado. E que bom que os demais municípios sergipanos, também pobres, acabassem com esse pouca vergonha com o dinheiro alheio.
Mas, pelo que vemos, tanto Direita quanto Esquerda não se acanham na hora de desperdiçar o dinheiro público.

*Especialista em Gestão Urbana e Planejamento Municipal, Presidente da ADCAR.

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