quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Cemitérios Clandestinos: EMSURB não recebe moradores.




Moradores dos povoados Robalo, São José, Areia Branca, Gameleira e Mosqueiro estão tentando há quase dois meses uma audiência com a Prefeitura de Aracaju, através da EMSURB para tratar do problema dos cemitérios clandestinos e da construção de um novo cemitério, mas a Presidência da EMSURB até agora não agendou data para receber representantes de Associações de Moradores desses povoados.

A justiça condenou a Prefeitura de Aracaju a interditar 10 cemitérios clandestinos e construir um novo e adequado cemitério. Ocorre que a Prefeitura apenas interditou os cemitérios, mas não construiu o novo. Além disso, a PMA deveria, após a interdição dos cemitérios clandestinos, dar condições para que a população daqueles povoados realizassem os enterros em outras áreas da cidade. Seria um plano de ação que, segundo os dirigentes das Associações de Moradores, a Prefeitura nunca cumpriu.

Outro problema é que a Prefeitura de Aracaju deixou dois dos dez cemitérios “liberados”, sendo um no Mosqueiro e outro na Areia Branca, mas como a quantidade de enterros é muito grande já não há mais espaços para a realização dos enterros.

Com a falta de diálogo por parte da Prefeitura de Aracaju os moradores decidiram que vão procurar a Promotoria do Meio Ambiente e Urbanismo do Ministério Público Estadual, autora da ação.

Para José Firmo, Presidente da ADCAR – Associação Desportiva, Cultural e Ambiental do Robalo, o Ministério Público, como o autor da ação deverá orientar os moradores como proceder a partir de agora. Mas, adianta Firmo que uma dos pedidos que farão ao Promotor do Meio Ambiente é no sentido de que a multa prevista na sentença para o Poder Público Municipal seja revertida para o Gestor Público. Os moradores acreditam que essa seria uma das formas de fazer com que a Prefeitura cumpra a sentença.

DESDÉM – Alguns moradores estão irritados com o desdém da Prefeitura para com a decisão judicial, para com o Ministério Público e, principalmente para com os moradores, que são obrigados a desenterrar um corpo antes do tempo para enterrar outro. “A Prefeitura pensa que está acima de tudo e de todos e a história de que ‘decisão judicial não se discute, cumpre-se’, para a Prefeitura não vale, pois estão mangando da Justiça, da Promotoria e dos moradores”. Desabafa Firmo.

Na próxima semana os moradores serão recebidos em audiência pelo Promotor do Meio Ambiente, Gilton Feitosa Conceição para tratar do assunto que envolve os cemitérios clandestinos.

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