O PÁSSARO PRETO ou graúna (derivado do tupi “guira-una” = ave preta) é
uma ave passeriforme da família Icteridae. Conhecido também como
chico-preto (Maranhão), arranca-milho, chopim, chupão (Mato Grosso),
assum-preto, cupido e melro.
Dentre as várias inspirações ao cancioneiro popular, esta se destaca por sua letra e pujança na voz de Luiz Gonzaga:
Tudo em volta é só beleza
Sol de abril e a mata em flor
Mas assum preto, cego dos oio
Não vendo a luz, ai, canta de dor
Mas assum preto, cego dos oio
Não vendo a luz, ai, canta de dor
Dentre as várias inspirações ao cancioneiro popular, esta se destaca por sua letra e pujança na voz de Luiz Gonzaga:
Tudo em volta é só beleza
Sol de abril e a mata em flor
Mas assum preto, cego dos oio
Não vendo a luz, ai, canta de dor
Mas assum preto, cego dos oio
Não vendo a luz, ai, canta de dor
Essa música relata um ato cruel entre passarinheiros, principalmente do
nordeste, que furavam (em algumas regiões ainda o fazem) os olhos do assum
preto pensando que assim ele cantaria mais na gaiola. Esse procedimento bizarro
também é feito com o sabiá.
Na literatura, José Alencar escreveu no romance Iracema:
Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu
Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da Jati não era doce como seu sorriso (…)
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira.
O favo da Jati não era doce como seu sorriso (…)
Além da subespécie Gnorimopsar chopi chopi existe uma subespécie chamada
Gnorimopsar chopi sulcirostris. Ambas são iguais, porém a sulcirostris é maior
e existe no norte/nordeste, enquanto que a chopi é menor e existe na região
sul/sudeste do Brasil.
Mede 21,5 a 25,5 centímetros de comprimento. É inteiro negro incluindo
pernas, bico, olhos e penas daí um de seus nomes populares pássaro preto,
filhotes e jovens não possuem penas ao redor dos olhos. Trata-se de um dos
pássaros de voz mais melodiosa deste país. A fêmea também canta.
ESPÉCIE SEM DIMORFISMO SEXUAL
Onívoro. Come frutos, sementes, insetos, aranhas e outros invertebrados.
Aprecia o coco maduro da palmeira buriti. Apanha insetos atropelados nas
estradas e aproveita restos de milho junto às habitações humanas ou desenterra
sementes recém-plantadas.
Atinge a maturidade sexual aos 18 meses. Faz ninho em árvores ocas,
troncos de palmeiras, ninhos de pica-pau, em mourões, dentro do penacho de
coqueiros e nas densas copas dos pinheiros, utilizando também ninhos
abandonados de João-de-barro. Ocupa buracos também em barrancos e cupinzeiros
terrestres. Às vezes faz um ninho aberto, situado em uma forquilha de um galho
distante do tronco, em uma árvore densa e alta. Cada ninhada geralmente tem
entre 3 e 4 ovos, tendo de 2 a 3 ninhadas por temporada. Os filhotes nascem
após 14 dias e ficam no ninho 18 dias. O macho ajuda a criar a prole.
É comum em áreas agrícolas, buritizais, pinheirais, pastagens e áreas
pantanosas, plantações com árvores isoladas, mortas, remanescentes da mata. Sua
presença está associada a palmeiras. Vive normalmente em pequenos grupos que
fazem bastante barulho. Pousa no chão ou em árvores sombreadas. Há quem
confunda o graúna com o atrevido vira-bosta (Molothrus bonariensis),
famoso por parasitar o ninho de várias espécies (ex.: tico-tico). Enquanto o
vira-bosta é elegantíssimo, esguio e traja cintilantes vestes de tom
violáceo, o graúna é negro e de porte mais avantajado, além de saber
nidificar, não se descuidando da criação da ruidosa prole. No nordeste ocorre a
subespécie (Gnorimopsar chopi sulcirostris), que é maior, medindo 25,5
centímetros de comprimento. Quando canta arrepia as penas da cabeça e pescoço.
Excluindo-se a Amazônia, onde está presente apenas no leste do Pará e
Maranhão, é encontrado em todo o restante do País. Encontrado também no Peru,
Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai.
§ Federação
Ornitológica de Minas Gerais, Pássaro preto - Disponível em http://www.feomg.com.br/pass_pret.htm Acesso
em 3 mai. 2009
§ Portal Brasil 500
Pássaros, Melro - Disponível em http://webserver.eln.gov.br/Pass500/BIRDS/1birds/p498.htm Acesso
em 3 mai. 2009
§ IBAMA. IN01-03.
24 jan. 2003. p. 7.
§ Marigo, Luiz
Claudio. Sertões. n. 24.
§ CEO - disponível em http://www.ceo.org.br/musica/assum%20preto.htm Acesso
em 28 jun. 2009.
FONTE: www.wikaves.com.br
FOTO: www.avespantanal.com.br
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