sábado, 17 de dezembro de 2011

Acidentes preocupam moradores.

Moradores do Povoado Robalo, Zona de Expansão de Aracaju, estão muito preocupados com as ocorrências de acidentes na Rodovia dos Náufragos.
O Povoado Robalo é cortado pela via pública por quatro quilômetros (KM 5 ao KM 9) e vários fatores têm contribuído para o aumento de acidentes com vítimas neste trecho da rodovia estadual.

Motoqueiros sofrem acidentes no Robalo.
Segundo moradores uma das razões é o fato da urbanização e das principais atividades comerciais e de serviços estarem nas margens da rodovia. Comércio, prestadores de serviços, igrejas, escolas ficam nas margens da rodovia.
Outro motivo da ocorrência de acidentes, na opinião dos moradores, foram as obras de extensão de rede de água realizadas pela DESO, que danificou acostamento e faixa de circulação de pedestres e bicicletas sem que houve recuperação por parte da empresa que causou o prejuízo. “A DESO esculhambou com todo o acostamento e com a faixa de circulação de pedestres e não voltou para recuperar. Aliás a DESO é famosa por esse tipo de desserviço”, disse José Firmo, presidente da ADCAR (Associação Desportiva, Cultural e Ambiental do Robalo).


Poste ocupa o acostamento.

Mais um serviço realizado ao longo da Rodovia dos Náufragos que trouxe problemas para os moradores foi a implantação de uma rede de transmissão e de uma subestação de energia. Os postes da rede de alta tensão foram afixados na margem na rodovia justamente na faixa de domínio o que força os transeuntes e ciclistas e dividir a pista de rolamento com os veículos sempre que passam por um dos vários postes ali existentes. Este caso foi denunciado à Promotoria do Meio Ambiente do Ministério Público Estadual e já foi realizada uma audiência, além de diligências e junta de documentos aos autos. Há vários indícios de irregularidades na obra, entre eles possível ausência de licenciamento por parte da EMURB e questionamento do DER pelo fato da ocupação da faixa de domínio pela concessionária de energia não ter autorização.


Subestação é questionada no MPE.

Outro fator decisivo para o aumento de acidentes, na visão dos moradores do Robalo, foi a construção da Ponte Jornalista Joel Silveira sem que houvessem dotado a rodovia de sinalização para diminuir a velocidade dos veículos.
O Governo do Estado chegou a instalar três equipamentos eletrônicos que foram retirados no início do ano e nunca mais se falou sobre a licitação para a colocação dos que foram retirados e de outros solicitados pelos moradores.


Deso destruiu o acostamento.

“O governo fez uma obra muito importante para o desenvolvimento do estado e para a geração de emprego e renda”, reconhece José Firmo, para em seguida fazer a ressalva, “ mas, achamos que a obra deveria vir acompanhada de estudo sobre o aumento do fluxo e da velocidade nesta via, numa região tão povoada e com a sinalização necessária para punir os infratores”.
Os moradores do Robalo contabilizam acidentes envolvendo pedestre, ciclistas, carroceiros e motociclistas todas as semanas e garantem que já solicitaram ao DER mais redutores de velocidade, mas não podem esperar muito, enquanto acidentes continuam acontecendo.


Deso deixou acostamento irreconhecível.

Na noite do último sábado, 17, dois moradores do Robalo que transitavam de moto na Rodovia dos Náufragos foram atingidos por um veículo de passeio que era dirigido em alta velocidade e foram encaminhados ao HUSE com ferimentos por todo o corpo.


Mais "obra" da Deso.

“Vamos aguardar que o DER nos atenda e coloque mais redutores nos pontos mais críticos. Não queremos que mais adultos nem crianças sejam vítimas desse trânsito louco, com muito condutor bêbado.” Disse Ivaci Silveira, mãe de aluna da Escola Tênisson Ribeiro, que fica na margem da Rodovia.


Ponte: progresso e risco.

Para a Direção da ADCAR as obras e o progresso devem mesmo chegar e são úteis e necessárias, mas tendo preocupação com as vidas dos moradores. “subestação, rede de água, ponte: tudo isso é bom, mas não podem chegar e colocar de qualquer maneira. Temos que ser respeitados.” Conclui Firmo.      
   

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